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Peixes

Tetra-cardinal - Paracheirodon axelrodi

·        Distribuição: América do Sul, Rio Negro;

·         Dieta alimentar: Na natureza, a espécie alimenta-se de micro crustáceos e larvas de quironomídeos, enquanto a ingestão de algas é pouco frequente. Como são omnívoros acabam por comer de tudo, mas é sempre importante acrescentar alimento vivo à sua dieta pelo menos uma vez por semana, podendo ser dáfnias, artémias, enquitréias, larvas de mosquitos, etc. Outra medida necessária que muitos aquariofilistas acabam por não tomar é adicionar ração à base de vegetais/algas à sua dieta para oferecer uma maior variedade de nutrientes.

·         Características gerais: Possui como característica principal a faixa néon, que percorre o seu corpo horizontalmente e termina na base da barbatana adiposa, e o ventre vermelho. Podem atingir cerca de 5 cm quando adultos.

·         Cuidados: A água do aquário deve conter um pH ácido, poucos minerais. Esta espécie adapta-se a uma ampla gama de condições em cativeiro, a faixa de temperatura preferida dos peixes é de 21 ° C a 28 ° C.

·         Dimorfismo Sexual: O macho é menor, possui o ventre mais estreito, rectilíneo e apresenta uma pequena modificação no primeiro raio da barbatana anal que se assemelha ao formato de um gancho ou anzol. Já a fêmea, por sua vez, é maior e possui o ventre volumoso, roliço, principalmente na época de desova.

·         Reprodução: O tetra cardinal é uma espécie ovípara; são considerados disseminadores livres, pois a fêmea liberta os ovos na água e o macho nada à sua volta, fertilizando-os. Os ovos eclodem em 19 a 20 horas, quando mantidos em temperatura entre 25 e 27ºC; após três ou quatro dias da eclosão os alevins já consumiram o conteúdo do saco vitelino e começam a nadar. Os alevins possuem uma glândula adesiva grande no topo da cabeça que os ajuda a prenderem-se no substrato ou nas folhas de plantas. Isso evita que sejam arrastados pela corrente e se dispersem, ficando desprotegidos e tendo como consequência a morte por predação.

·         Comportamento: Pacífico em grupo; são peixes de cardume e pacíficos e nadam à meia água e no fundo do aquário.

·         Manutenção em aquário: Fácil

·         Família: Characidae;

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Tetra-nariz-de-bêbado - Hemigrammus rhodostomus
 
·         Distribuição: Baixo Amazonas;

·         Dieta alimentar: Alimentos em flocos, granulados e alimentos vivos de tamanho bem pequeno.

·         Cuidados: Em água mole com temperatura entre 25 e 28 ºC, com filtração à base de turfa e um pH entre 6.0 e 6.5. A dureza da água deve-se manter menor que 4ºdKH. Nem sempre é fácil manter os parâmetros de água que exige. Deve-se manter o nível de nitratos baixo (não deve ultrapassar os 30 mg/litro) com frequentes trocas parciais de água; deve-se ainda usar um condicionador de água.

·         Dimorfismo sexual: o macho é mais fino/magro, e a fêmea apresenta um abdómen mais largo durante a época de desova.

·         Reprodução: Desova no fundo do aquário, mas em aquários grandes pode preferir desovar em plantas. Pode devorar os próprios ovos. Os alevins nascem após o 4º dia.

·         Comportamento: Pacífica em cardume;

·         Manutenção em aquário: Média;

·         Família: Characidae;


  



Peixe-borboleta - Carnegiella strigata

·         Distribuição: Regiões amazónicas. Brasil, Peru, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela, Colômbia e Bolívia;

·         Dieta alimentar: Omnívoro, Em estado natural alimentam-se de alimentos vivos como larvas e pequenos insectos. Aceitam ração em flocos para peixes tropicais.

·         Características gerais: Possui as nadadeiras peitorais voltadas para cima, assemelhando-se a uma borboleta. É um peixe extremamente pacífico, sendo ideal para aquário comunitário com peixes compatíveis e pequenos ou aquário plantado. 

·         Cuidados: Trata-se de um peixe saltador, motivo pelo qual obrigatoriamente deverá usar-se tampa. Devem ser alimentados com alimentos vivos. Para conseguir a reprodução, a água deve ser mole e o pH abaixo de 6.0. Os pais comem os ovos.

·         Reprodução: Ovíparo, peixe de difícil reprodução em cativeiro. O macho necessita de um harém. Depositam os ovos em plantas flutuantes sendo que em cerca de 36h os mesmos eclodirão.

·         Dimorfismo sexual: Não é evidente, embora as fêmeas normalmente sejam maiores que os machos.

·         Comportamento: Pacífico em grupo;

·         Manutenção em Aquário: Média;

·         Família: Gasteropelecidae;






Ramirezi - Microgeophagus ramirezi

·         Distribuição: Bacia Amazónica (Venezuela);

·         Dieta alimentar: Omnívoro, é um peixe que obrigatoriamente exige alimentos vivos; embora aceite prontamente rações, estas deverão  ser servidas apenas como complementos. Raramente se obtém sucesso servindo apenas rações  - com o tempo o peixe vai emagrecendo e adoece sem "causas aparentes". 

·         Características gerais: Peixe de hábito tímido e pacífico, sendo ideal para o aquário plantado. Embora seja comum encontrá-lo nas lojas com cores pálidas, assim que se habitua ao aquário, mostra a sua coloração maravilhosa.

·         Cuidados: Costuma não gostar muito de água profunda, sendo indicado no máximo 40-50cm de altura. A adaptação ao novo meio poderá  ser lenta, tratando-se de um peixe delicado com os parâmetros da água, muitas vezes não suportando constantes trocas de água que o aquário de água doce exige. Devem ser mantidos sempre em pH próximo de 6.0, água mole e temperatura tropical.

·         Reprodução: Ovíparo. A sua reprodução em cativeiro é bastante difícil, embora viável. Ele terá que estar muito bem ambientado ao aquário. Formado o casal, estes procuram um local para a desova e logo após farão uma limpeza no local escolhido. A fêmea depositará os ovos , sendo fecundados logo em seguida pelo macho. Os pais protegem os alevins até crescerem.

·         Dimorfismo Sexual: Obtém-se através de observação visual: o macho possui os primeiros raios da nadadeira dorsal maior que na fêmea e esta possui uma leve coloração rosada próximo à barriga.

·         Comportamento: Pacífico em casal;

·         Manutenção em Aquário: Média;

·         Família: Cichlidae






Discus - Symphysodon aequifasciatus 
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Distribuição: Amazónia, perto de Santarém e Tefé;

·         Dieta alimentar: Alimento vivo como larvas de mosquito, pulgas de água (dáfnias), artémia salina e Tubifex. Também aceita alimento industrializado de boa procedência

·         Dimorfismo Sexual: É difícil distinguir os sexos fora da época de desova; durante a época da procriação, a forma da papila genital é a melhor identificação: é pontiaguda nos machos e arredondadas nas fêmeas.

·         Cuidados: Necessitam de aquários mais largos e altos quanto possíveis, não menos que 100 a 120 cm de comprimento e 50cm de altura. A espécie prefere aquários ligeiramente plantados com solo simples e poucas plantas de raiz. É recomendável adicionar algumas rochas maiores que não afectem a água e disponibilizem uma área para que os discus possam nadar. A iluminação deve ser suave. A temperatura da água deve estar entre 26 a 28 graus. No inverno, mínimo de 23 graus é o desejado. É recomendada água mole, levemente ácida, pH de aproximadamente 6.5 e 2-3 ºdGH. Trocas parciais de água são importantes, sendo que um quarto do volume do aquário deve ser trocado a cada 3 semanas. O peixe necessita de aquecimento e prefere o meio e a parte inferior da água para se acomodar;

·         Reprodução: Ocorre geralmente a temperaturas um pouco mais altas, entre 28 e 31 ºC. A fêmea desova em pedras e folhas cuidadosamente limpas, pondo algumas centenas de ovos. Assim que os alevins nadam livremente, eles alimentam-se da secreção produzida pela pele dos adultos. Ambos os pais cuidam e guardam os filhotes;

·         Comportamento: Pacífico em grupo;

·         Manutenção em aquário: Difícil

·         Família: Cichlidae;






Limpa-vidros - Otocinclus affinis

·         Distribuição: América do Sul, Brasil e Amazónia;

·         Dieta alimentar: Algas, vegetais e ração do fundo;

·         Características gerais: Um peixe alongado com uma barriga lisa e levemente curvado para trás. Os olhos estão voltados para os lados e são visíveis quando se olha de baixo. A boca é voltada para baixo como seria de esperar neste tipo de peixe. Este peixe não tem barbatana adiposa. As barbatanas peitorais, pélvicas, dorsais e anais são claras e a barbatana caudal é listrada. As fêmeas são mais arredondadas ou robustas;

·         Reprodução: A fêmea corre para cima e para baixo de superfícies planas (plantas ou os lados do aquário) com os machos na sua perseguição. O macho e a fêmea vão formar um “T” na posição de meia água. Neste momento, o macho pressiona o abdómen da fêmea, causando a libertação dos ovos, que a fêmea segura com as suas barbatanas ventrais. Ela, então, nada até à superfície plana, onde coloca os ovos pegajosos. O macho segue em busca dos ovos e fertiliza-os.

·         Comportamento: Pacífico em grupo;

·         Manutenção em aquário: Fácil;

·         Família: Loricariidae;






Coridora-sterbai - Corydoras sterbai

·         Distribuição: Brasil, Bacia Amazónica;

·         Dieta alimentar: Omnívora, aceita de tudo, mas, para incentivar a reprodução e manter este peixe saudável, é aconselhável dar alimentos vivos pelo menos uma vez por semana; além disso existem rações próprias para peixes de fundo que são muito boas, principalmente as que possuem spirulina na sua formulação.

·         Características gerais: São peixes pacíficos, e convivem muito bem em aquários comunitários, sendo muito eficazes como "equipa de limpeza", pois possuem barbilhões que os auxiliam a localizar o alimento no fundo do aquário.

·         Reprodução: Ovíparo

·         Dimorfismo sexual: As fêmeas são maiores e mais “redondas” que os machos, o que facilita a identificação;

·         Comportamento: Pacífico em grupo;

·         Manutenção em aquário: Fácil;

·         Família: Callichtyidae;